5.6.13

Diversidade cultural

Para discutirmos diversidade cultural em sala de aula uma música boa é a "Etnia" do Nação Zumbi:



Somos todos juntos uma miscigenação
E não podemos fugir da nossa etnia
Índios, brancos, negros e mestiços
Nada de errado em seus princípios
O seu e o meu são iguais
Corre nas veias sem parar
Costumes, é folclore é tradição
Capoeira que rasga o chão
Samba que sai da favela acabada
É hip hop na minha embolada

É o povo na arte
É arte no povo
E não o povo na arte 
De quem faz arte com o povo

Por de trás de algo que se esconde 
Há sempre uma grande mina de conhecimentos 
e sentimentos

Não há mistérios em descobrir 
O que você tem e o que gosta
Não há mistérios em descobrir 
O que você é e o que você faz

Maracatu psicodélico
Capoeira da Pesada
Bumba meu rádio
Berimbau elétrico
Frevo, Samba e Cores
Cores unidas e alegria
Nada de errado em nossa etnia.


28.5.13

Pessoas que demoram menos de 30 min para chegar ao trabalho em São Paulo



Morar perto do trabalho ou gastar pouco tempo para se chegar nele é um
privilégio para poucos...
poucos que não precisam de transporte público,
quando precisam, que tem acesso ao metrô.
poucos que podem pagar um m² exorbitante.
poucos que ganham um salário decente para manter esse "luxo"...



fonte: blog do Estadão           


Pensando nas péssimas condições do transporte público e com seus preços exorbitantes (a proposta é um reajuste nas tarifas de ônibus e metrô para R$3,40 ainda esse ano, segundo a grande imprensa) e no valor do m² ser bem mais alto nas regiões centrais (São Paulo está nas listas das cidades mais caras para se morar), percebemos que os trabalhadores são sempre os mais prejudicados. 
Na letra da música "Deus é Brasileiro" observamos como a falta de políticas públicas sérias de moradia e transporte público afeta o povo e vira até letra de música. 

Ônibus lotado
Povo apertado
Será que na vida
Tudo é passageiro
Um calor danado
Povo sem dinheiro
Tenho lá minhas dúvidas
Se Deus é brasileiro...

Ô ô ô ô ô ô!
Ô ô ô ô ô ô!

Deus não pega ônibus
Nem lotação
Mas deve ouvir pedidos
E reclamação
Não tem nem cor nem sexo
Nem estado civil
Coitado se ele for
O gerente do Brasil...

Me disseram que ele está
Em todo lugar
Nas filas, nas calçadas
Nas antenas e no ar
Não vou fazer pedidos
Nem lhe agradecer
Se Deus está na Terra
Ele vai ter que responder...

Ô ô ô ô ô ô!
Ô ô ô ô ô ô!

Não leve a mal
Tudo bem ô, rapaz!
Ei você ai de cima!
Entre outras coisas
Que eu quero saber
Por favor me ensina
Como esse povo que sofre
Com fome, que passa mal
Vai batucar na panela vazia
E fazer carnaval...

Oh Oh Oh!
Ai, meu Deus!
Eu só quero entender!...

Deus não pega ônibus
Nem lotação
Mas deve ouvir pedidos
E reclamação
Não tem nem cor nem sexo
Nem estado civil
Coitado se ele for
O gerente do Brasil...

Me disseram que ele está
Em todo lugar
Nas filas, nas calçadas
Nas antenas e no ar
Não vou fazer pedidos
Nem lhe agradecer
Se Deus está na Terra
Ele vai ter que responder...

Ô ô ô ô ô ô!
Ô ô ô ô ô ô!

Não leve a mal
Tudo bem ô, rapaz!
Ei você ai de cima!
Entre outras coisas
Que eu quero saber
Por favor me ensina
Como esse povo que sofre
Com fome, que passa mal
Vai batucar na panela vazia
E fazer carnaval...

24.4.12

Cotidiano


“Estou cansada da rotina de me ser” Clarice Lispector


Hoje começamos a trabalhar, nos primeiros anos, o cotidiano... o dia a dia. E, para isso, nada melhor do que a música Cotidiano do Chico.

_____________________________________

Cotidiano
Chico Buarque

Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.

Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher.
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café.

Todo dia eu só penso em poder parar;
Meio-dia eu só penso em dizer não,
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão.

Seis da tarde, como era de se esperar,
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão.

Toda noite ela diz pr'eu não me afastar;
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor.

Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.

Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher.
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café.

Todo dia eu só penso em poder parar;
Meio-dia eu só penso em dizer não,
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão.

Seis da tarde, como era de se esperar,
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão.

Toda noite ela diz pr'eu não me afastar;
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor.

Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.


13.4.12

Filme e Sociologia – V de Vingança


Hoje acabamos de ver “V de vingança”, semana que vem começaremos a estudar Gramsci e o pensamento hegemônico.

______________________________________________________________

Aqui a dica de uma aluna depois que terminamos de ver o filme!

Viva la Revolución

Forfun


Tranquilão na minha

Apreciando a paisagem,

Ilusão de paz,

Que não satisfaz,

Consumismo, prepotência

Só filha da puta

Alienação

É o que vende na televisão

Enquanto os flashes miram

A coluna social

O menor no sinal

É filho de um sistema desigual


Nasce de você a revolução

Sufocada atrás da inércia

Amplifique a forma de pensar


Palmas pra você

Que ainda acredita na vitória

E os que são de paz

Não desiste dos seus ideais

Ser bem sucedido

Não é ter um Audi A3

É ter lucidez

E não se entregar a estupidez


Nasce de você a revolução

Sufocada atrás da inércia

Amplifique a forma de pensar


Nasce de você a revolução,

Sufocada atrás da inércia

Sem limites faça a expansão

E amplie a sua visão





7.4.12

Filme e Sociologia – Persépolis


Essa semana os primeiros anos começaram a ver Persépolis.
A autobiografia de Marjane que, inicialmente, era uma história em quadrinhos e se tornou uma animação bem legal.
No filme podemos trabalhar diversos temas de sociologia, mas nosso foco foi o processo de socialização da menina que se torna uma mulher no decorrer do filme. Alem disso discutimos termos fundamentais da política como: democracia, república, comunismo, ditadura, autocracia, Estado laico, teocracia, entre outros.
A história é instigante e usa uma linguagem jovem para descrever as mudanças enfrentadas por Marji e seu país, o Irã.

31.3.12

Nós fazemos a sociedade ou a sociedade nos torna o que somos?

Nós fazemos a sociedade ou a sociedade nos torna o que somos?
Para refletir sobre os dois pontos de vistas duas músicas, de um lado o Chico Brito, malandro corrompido pela sociedade. Do outro nós fazemos a hora, fazemos acontecer.




Chico Brito
Paulinho da Viola

Lá vem o Chico Brito,
Descendo o morro nas mãos do Peçanha,
É mais um processo!
É mais uma façanha!
Chico Brito fez do baralho seu melhor esporte,
É valente no morro,
Dizem que fuma uma erva do norte.
Quando menino teve na escola,
Era aplicado, tinha religião,
Quando jogava bola era escolhido para capitão,
Mas, a vida tem os seus revezes,
Diz sempre Chico defendendo teses,
Se o homem nasceu bom, e bom não se conservou,
A culpa é da sociedade que o transformou.



Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores
Geraldo Vandré

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não

Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

29.3.12

Todos iguais?


Hoje nos segundos anos usamos a proposta de redação do ENEM de 2007 para discutirmos as diferenças:



Engenheiros do Hawaii

Há tantos quadros na parede
há tantas formas de se ver o mesmo quadro
há tanta gente pelas ruas
há tantas ruas e nenhuma é igual a outra
(ninguém = ninguém)
me espanta que tanta gente sinta
(se é que sente) a mesma indiferença

há tantos quadros na parede
há tantas formas de se ver o mesmo quadro
há palavras que nunca são ditas
há muitas vozes repetindo a mesma frase
(ninguém = ninguém)
me espanta que tanta gente minta
(descaradamente) a mesma mentira

todos iguais, todos iguais
mas uns mais iguais que os outros

Titãs

Os homens são todos iguais
(...)
Brancos, pretos e orientais
Todos são filhos de Deus
(...)
Kaiowas contra xavantes
Árabes, turcos e iraquianos
São iguais os seres humanos
São uns iguais aos outros, são uns iguais aos outros
Americanos contra latinos
Já nascem mortos os nordestinos
Os retirantes e os jagunços
O sertão é do tamanho do mundo
Dessa vida nada se leva
Nesse mundo se ajoelha e se reza
Não importa que língua se fala
Aquilo que une é o que separa
Não julgue pra não ser julgado
(...)
Tanto faz a cor que se herda
(...)
Todos os homens são iguais
São uns iguais aos outros, são uns iguais aos outros

3. A cultura adquire formas diversas através do tempo e do espaço. Essa diversidade se manifesta na originalidade e na pluralidade de identidades que caracterizam os grupos e as sociedades que compõem a humanidade. Fonte de intercâmbios, de inovação e de criatividade, a diversidade cultural é, para o gênero humano, tão necessária como a diversidade biológica para a natureza. Nesse sentido, constitui o patrimônio comum da humanidade e deve ser reconhecida e consolidada em benefício das gerações presentes e futuras. Unesco. Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural.

Todos reconhecem a riqueza da diversidade no planeta. Mil aromas, cores, sabores, texturas, sons encantam as pessoas no mundo todo; nem todas, entretanto, conseguem conviver com as diferenças individuais e culturais. Nesse sentido, ser diferente já não parece tão encantador. Considerando os textos acima como motivadores, redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito do seguinte tema:
O desafio de se conviver com a diferença